Os costumes antigos vêm se desconstruindo com o tempo. Atitudes que antes eram toleradas pela grande maioria, como racismo, bullying e piadas sem graça, agora passaram a ser repulsadas pelos internautas.

Há quem faça comentários desnecessários ou tem atos propositais e negativos para chamar a atenção. Em todos os casos, a internet se tornou um grande espaço de justiceiros e trouxe uma nova “lei”: aqueles que cometem erros, devem ser julgados por eles.

Nesse novo cenário, surgiu um novo significado para o verbo “cancelar”, que ganhou força nos últimos anos. Mas o que é ser “cancelado” nas redes sociais? E como isso pode afetar uma marca? Descubra as respostas para essas perguntas no artigo a seguir!

O que é ser “cancelado” nas redes sociais?

Essa atitude de cancelar alguém diz respeito ao não apoio aos atores, músicos, políticos, influenciadores ou qualquer marca famosa, que geralmente tem uma postura considerada ofensiva, preconceituosa ou condenável.

De acordo com dicionário de Oxford Languages, “cancelar” significa “tornar (algo) nulo, sem efeito, sem valor”. Quando uma pessoa diz que uma celebridade foi cancelada, é isso que ela está tentando expressar.

De onde vem essa ideia?

Basicamente, começou em 2017 com o movimento #MeToo (#EuTambém, em português) nas redes sociais, contra os abusos sexuais sofridos, principalmente, pelas vítimas do produtor Harvey Weinstein, acusado por dezenas de mulheres de abuso sexual e estupro.

A partir desse momento, começaram a surgir outros tipos de cancelamentos com celebridades, como Taylor Swift e Bill Gates. Até que em 2020 essa cultura tem ganhado cada vez mais força, fazendo com que qualquer ato dos famosos ou anônimos seja motivo para uma convulsão social.

Como funciona a cultura do cancelamento?

Se um usuário notar ou presenciar algum comportamento considerado errado, é bem provável que ele reunirá provas para fazer buzz negativo de alguma forma. Quando influenciadores digitais ajudam, essa repercussão se torna grande em questão de horas.

O número de menções da marca ou pessoa é tanto que não há como se defender e a imagem fica desgastada. Ao contrário do bullying, o cancelamento é um ataque à reputação e os meios de subsistências atuais e futuros.

Ou seja, você pode ser cancelado se fizer uma piada preconceituosa nas mídias sociais, dizer ou fizer algo em meio a uma multidão com gravações disso ou por algo que fez anos atrás e há registros. Por isso, é comum acontecer mais com pessoas públicas, mas isso não impede que anônimos sejam “cancelados” também.

Quais os efeitos do cancelamento para uma empresa?

Assim como os indivíduos, uma empresa está sujeita a esse movimento. Qualquer ação feita, mas mal pensada, pode acarretar uma enxurrada de comentários e descurtidas em suas publicações nas redes sociais.

A grife Osklen, conhecida pelas suas roupas e sapatênis de alto padrão, resolveu vender máscaras nesse momento de pandemia. O problema estava no valor delas. Por R$147,00 o cliente poderia obter duas unidades com o conceito “respect & breath” (respeitar e respirar, em português).

O pessoal da internet decretou o “cancelamento” da marca pelo lançamento descontextualizado das reais necessidades do consumidor. A saída da organização foi retirar os produtos do seu catálogo de vendas.

Apesar disso, muitas marcas saem fortalecidas depois de passarem por isso, pois aproveitam o momento para canalizar o incidente com uma transformação efetiva. Mas é importante evitar crises de “cancelamento” para não afetar a reputação do negócio.

Podemos concluir que, quem souber o que é ser cancelado nas redes sociais e surfar nessa nova onda, ouvindo e respeitando a opinião do público, tem grandes chances de ter uma base de fãs sólida e não ser atacado pelo movimento.

Entenda mais termos utilizados nas redes sociais, acesse nosso blog e podcast da Butiá Digital!