A Lei Geral de Proteção de Dados surgiu para colocar em vigor tudo aquilo que esperamos com relação à segurança e privacidade de dados, muito usados para a divulgação de marcas de forma assertiva. Sua criação está totalmente ligada com a conjuntura atual, em que as informações estão cada vez mais protegidas.
Nesse cenário, não apenas as empresas de grande porte precisam se adequar suas ações, como também os pequenos negócios devem adaptar seu marketing. O fato é que a LGPD é para todos, sem exceção.
Para ajudar a colocar as novas normas em prática, separamos algumas dicas baseadas nos princípios da legislação. Dessa forma, você terá noção de onde começar suas modificações após um bom mapeamento de onde vem e para aonde vai os dados dos seus clientes. Confira!
Coleta do consentimento
Agora, está nas mãos do consumidor decidir se deseja ou não que seus dados sejam recolhidos e tratados, como os cookies do website. Mesmo após consentir o uso, ele poderá revogar sua permissão a qualquer momento, pedindo atualização, alteração e exclusão dos dados.
Cabe à empresa cumprir com a solicitação no tempo determinado pela lei, sob pena de multas e sanções. Porém, vale ressaltar que se existir outra base legal para manter os dados, eles não poderão ser descartados, como acontece na medicina.
Transparência e finalidade
É preciso informar com clareza que sua empresa está coletando os dados. Entretanto, não basta ser transparente apenas nesse quesito, é preciso informar a finalidade específica para o tratamento e o porque as informações precisam ser recolhidas.
Um pequeno e-commerce, por exemplo, deve esclarecer em pop-up que recolhe as informações de navegação dos usuários para melhorar sua experiência no website. Assim também vale no momento de concluir a compra: na página de preenchimento de dados, é preciso dizer que o endereço é recolhido para fazer a entrega do produto.
É importante lembrar que, após um motivo definido e aceito, os dados não podem ser usados para outras ações. Por exemplo, se você solicitou um e-mail para enviar um material rico, não poderá enviar promoções, sem que o lead aceite isso.
Não discriminação
A lei deixa claro que as empresas não podem usar os dados dos clientes para fins discriminados. Ou seja, suponhamos que uma instituição financeira use a informação que um consumidor está inadimplente e envia e-mails com gatilhos mentais para que ele peça um empréstimo com juros abusivos, prometendo que sairá das dívidas. Perante a LGPD, isso torna-se ilegal.
Armazenamento e segurança
A Lei Geral de Proteção de Dados tem como premissa a segurança das informações. Portanto, caso haja vazamentos ou fraudes, as marcas são responsabilizadas e penalizadas com multas altas. Nesse caso, é indispensável assegurar a proteção por meio de sistemas criptografados, com senhas e outras formas seguras.
Caso armazene as identificações dos seus consumidores, é importante ter cautela. Uma forma de fazer isso é anonimizando tudo, a ponto de não ser possível identificar um indivíduo.
Como você pôde ver, assim como as grandes empresas, os pequenos negócios devem adaptar seu marketing com base nos princípios da lei. Embora pareça fácil, colocar a LGPD em prática pode ser demorado, mesmo os processos mais simples. Por isso, comece sua adequação quanto antes!
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