O setor de marketing trabalha com frequência com os dados pessoais e sensíveis dos consumidores de uma empresa. Afinal, para interagir com essas pessoas, é necessário coletar informações e oferecer soluções mais condizentes com a realidade de cada uma.

Para regularizar essa e outras práticas semelhantes, surgiu a LGPD com o intuito de acabar com a utilização indiscriminada dessas identificações. E como a lei entrou em vigor em agosto de 2020, cabe aos empreendedores se preparem para adaptar quanto antes suas ações aos termos da legislação.

Neste post, você entenderá melhor sobre o conceito e a quem se aplica, além de saber como lidar com algumas estratégias. Acompanhe a leitura até o final e tire suas dúvidas!

O que é a LGPD?

A Lei Geral de Proteção de Dados é uma nova regulamentação que visa deixar claro os processos com os dados pessoais (nome, endereço etc) e sensíveis (estado de saúde, orientação sexual etc) dos indivíduos e dar poder para que eles façam o que quiserem com suas próprias informações.

Isso significa que as empresas precisam ser transparentes no momento da coleta, uso, tratamento, armazenamento e compartilhamento de identificações e os titulares podem aceitar ou recusar essa solicitação, fazer alterações, pedir atualizações e excluir tudo do banco de dados.

A quem a LGPD se aplica?

A LGPD é aplicada extra territorialmente. Ou seja, independentemente da localização de uma organização que processa dados pessoais de cidadãos brasileiros, ela está sujeita as penalidades da nova lei.

Quais são os princípios dessa legislação?

Para se adequar à LGPD, existem dez princípios criados para nortear as empresas. Apesar de todos serem importantes, vamos examinar os cinco principais para que você comece a dar os primeiros passos na adequação do marketing do seu negócio. Veja!

1. Consentimento

O consentimento é a autorização clara e inequívoca de vontade expressa pelos titulares para que seus dados sejam usados para determinada finalidade proposta. No marketing, temos como exemplo as caixas de seleção de permissão em formulários para se comunicar com o lead.

 

2. Finalidade

A coleta deve atender a um objetivo específico e informado ao indivíduo. Assim, se você quer enviar um e-book para alguém e deseja estabelecer uma nutrição de mensagens por e-mail posteriormente, precisa obter duas licenças, pois são duas finalidades distintas.

 

3. Necessidade

 

É preciso limitar ao mínimo o recolhimento de informações desnecessárias para o propósito. Se um e-commerce faz vendas apenas pelo site, não há necessidade de solicitar o número de telefone.

 

4. Transparência

 

O titular deve saber exatamente o que, para quê, por quem e porquê seus dados serão usados por meio de uma linguagem clara e simples. Ou seja, as Políticas de Privacidade das páginas web deverão informar esses aspectos.

 

5. Segurança

 

Esse princípio prevê que sejam adotadas medidas de proteção para as identificações pessoais. Em poucas palavras, os acessos devem ser restritos aos titulares e ao controlador de dados – profissional responsável por lidar com as informações –, para que não ocorram situações ilícitas e acidentais.

Entender como funciona a LGPD ajuda os profissionais a não cometerem deslizes, ficarem em compliance na lei e evita punições, como multas altas e sanções. Agora que você já sabe, pode começar a se adequar às novas normas de coleta e tratamento de dados pessoais.

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